maldito transgressor

maldito transgressor
A hipnose é tão aconchegante...
O costume a inércia...
A responsabilidade em ser inteiro adormecida...
A verdade miando lá fora na chuva...
A Televisão que faz o tempo passar tão rápido e confortável...

Não ouço mais os gritos seus
Não ouço mais os gritos meus
Não ouço mais os gritos
Não ouço mais
Não ouço
Não
Ñ
~

HAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!

domingo, 25 de dezembro de 2011

Poesias/ Pensamentos

Dia desses meu menino deu de surgir no topo daquele monte onde nos encontramos quando me aquieto, debaixo daquela árvore de raízes profundas, a brincar de me contar histórias e a rir demais. Rir do quanto sou sério e trágico às vezes. E, me atirando uma fruta, me interrompe a fala e me deixa a rir com ele. Partilhamos a tal fruta num silêncio confortável.

Um vento derruba algumas pequenas folhas sobre nós, uma delas pousa em seu cabelo e não a tiro.

Quando aparece o sol e tem vento, a gente sai pra empinar pipa, correr...

Hoje tive que sair. Minhas pequenas felicidades se cansaram de mim. O barulho de uma onda me chamou e eu corri.

Porque num gramado muito grande dá vontade de correr para embaraçar o cabelo...

E em cada passo vou me escancarando, pois sei como me vêem aqueles olhos.

Esqueço as piadas que havia ensaiado.

Um redemoinho mais forte me empurra.

O vento e a onda são coisas leves que são fortes...

Afinal o que é que aquele moleque quer de mim?!

... e me pôe no cangote para pegar jabuticabas no alto...

Abro mão, me deixo pelo que não sei. Um aconchego estranho se acolhe no meu cólo e está cá dentro. Não faz mais sentido voltar, nem colher pedras caídas, e corro mais.

Avisto, fruta de muita sede, aquele correndo ao meu encontro. Sua simplicidade e inteireza nos movimentos firmes e entregues ao seu próprio vento, me atordoavam. Atordoado me desequilibro em movimentos impensados e sei que são pedaços meus que havia perdido.

Salto em seu cólo e o abraço. Grudando meu peito no seu e é só.

Dia desses meu menino deu de surgir no topo daquele monte onde nos encontramos quando me aquieto. Estamos os dois aqui e agora.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Poesias/Pensamentos

Ah, se eu pudesse guardar o tamanho dos encontros... Como palhaço sou ensinado a respirá-los e encher o peito com todas as perfeitas imperfeiçoes dos detalhes que os fazem reais. Dos instantes plenos, de delicadezas, esbarrões e tempos porque são humanos. E o quanto melhores eles são por serem divinamente humanos. Porque me interessam as assimetrias, as imprecisões. Tudo que parte de um pulso vivo. Que me faz acreditar que está realmente aqui na vida.
Ainda assim nao estou livre de querer subir até o topo dos encontros e abraçá-los na ilusão de tê-los pra mim.
E ai me lembro quanto melhor é não poder guardar o tamanho dos encontros. Isso nos faz viver esse tamanho sempre. Porque o que se guarda pode envelhecer. E vivê-lo é estar a passeá-lo sempre por todos os seus espaços, e ampliá-los, e reconhecê-los, e respeitá-los, e cuidá-los, e as vezes simplesmente estender a rede e contemplá-los.
A isso sim se vale o encantamento por algo que nao se possa guardar. Como uma montanha, um mar, como uma estrela...
Mas se pode vivê-los e intensamente, com cheiros, e cores, e gostos.
Se pode encantar e brilhar os olhos, e brilhar sorrisos, se pode buscar girassois de Van Gogh, se pode embriagar-se em vinhos chilenos e fazer piadas fora de hora. Se pode dançar estranhamente livre e esquecer o caminho de casa. Se pode nem ter casa. Se pode deitar na grama pra ver o céu e estar à brincar com nossos ídolos. Começar um filme de qualquer ponto e acreditar, se pode. Se pode ocupar lonas e teatros e cantar alto ou de ponta-cabeça, porque, nao importa como, mas é preciso cantar como é preciso ser. Se pode fazer discursos bregas pra falar de amor. Se pode acreditar nos acasos que acontecem e que nos levam para onde precisavamos ir. Se pode andar sem destino e curtir o caminho e criar tudo. Reinventar os valores, os conceitos e o tempo.
Amo esse frio na barriga que ainda sei ter ao me saber diante de coisas grandes que nao posso guardar - Uma cachoeira de 60 metros! Porque ha algo de acreditar nisso, ha algo de entregar-se a propria vida e ser completo o que se é.
Me arrebata essa sensaçao divina das coisas que somos e nao precisamos guardar. Assim como somos artistas para doar, somos tambem a cachoeira que nao precisamos ter. E somos sim esses encontros e seus instantes pequenininhos que são grandes.
Ah se eu pudesse guardar o tamanho dos encontros...
O tamanho dos encontros nao se guarda moço.
E te digo mais: Tá vendo isso tudo aqui? Já é tudo nosso por estarmos sem armas e com coragem!
Entao tá. Agora presta atençao. Abre a janela. Tá vendo aquela estrela? Aquela a um palmo de braço estendido a frente com um dos olhos fechados a sua direita na mesma linha das tres marias, uma estrela bem brilhante. É uma estrela como tantas, mas é uma estrela, tem ideia do tamanho disso? A ela dei o nome de Luisa, porque achei um carinho descomplicado, para não se ter, simplesmente ser. Pois é tua estrela agora. É teu presente .

domingo, 9 de outubro de 2011

Palhaços sem treino! Os melhores.

Que me perdoem os sérios estudiosos da arte do palhaço, mas eu não consigo parar mais com esse módulo das lições de liberdade e simplicidade desses incríveis palhaços que são crianças, ou dessas incríveis crianças que são palhaços!









quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Dica - Curso agora final de Outubro - Leo Bassi.


Gente, enorme prazer em passar essa dica pra vocês desse Bufão maravilhoso que estará dois dias dando esse curso na nossa Sede - o Quintal de Criação.



segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Aula final - Sinceridade!



Bom, meus queridos, aqui concluimos o curso intensivo com as crianças. Mas fica a dica, porque eles são os nossos maiores mestres! Beijos

Intensivo. Aprenda muitos fundamentos fundamentais!

Gramelô






Musicalidade







Aceitação - Diga sim! hahahahahaha

Aula dois - resistência!


Gente é isso! As crianças dão aula!
Você que está saindo do seu quadragésimo sétimo curso de palhaço deve estar me xingando, mas é minha gente, é difícil ser simples!

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Dicas importantes, time, rítmo e verdade!

Bom, começamos com esse post uma série de dicas essenciais aos palhaços. Para isso chamamos alguns especialistas no assunto para serem observados, aprendam com eles.


sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Um enorme encontro!



Esta postagem vai sem texto, porque... porque... bom, porque ninguém precisa ler nada depois de ver esse video, hahahahaha. Charlie Chaplin e Buster Keaton!

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Palhaço por que?

Claramente tenho na minha alma o momento exato em que decidi ser palhaço. (Não sei realmente se teria outra opção, por isso a palavra "decidir" me soou meio engraçada agora, mas sigamos). Entre os quinhentos e vinte nove elementos em minha vida que me provocaram pra esse rastro, um especificamente foi o mais importante e aqui está ele:


Essa cena exata é responsável...  pera aí, minto, não é a cena, nem o Chaplin, mas certamente é também ... hahahahaha
As gargalhadas descontroladas do meu pai assistindo inúmeras vezes essa cena, sim, elas foram as reponsáveis pela minha escolha. Lógico, eu tinha que aprender a fazer aquilo com as pessoas! Nossa! Como eu entendi naquele instante, claramente, a magia que aquele pedaço de fita Betamax indo e voltando tinha!
Aquela bunda projetada que levava o tronco daquele louco genial a procurar a letra da música desopilava o fígado do meu pai que descontrolado, em risadas, peidava! Ou seja: de cú pra cú! Vocês conseguem conceber o tamanho disso?!?!?!? Sim, aquele lazarento, digo isso com o maior amor do mundo, estava curando meu pai décadas depois de ter realmente vivido aqueles movimentos! Errados por sinal! Movimentos errados, música errada, canção errada! hahahahahaha E o que é certo?!
Certo é que eu, aos meus doze anos, presenciei essa magia desse palhaço.
E o homem mais velho de nove irmãos, de uma família muito pobre de uma cidade minúscula que saiu de casa aos quatorze anos pra construir uma história improvável estava lá, diante dos meus olhos... Doutor Fernando, em plena anarquia de sentimentos e imitações, um bôbo, um retardado, lacrimejando, dançando com a bunda pra cima e gargalhando a ponto de se estudar toda a arcada dentária!

Nunca, nenhum outro palhaço, no universo, com excessão do Chaplin, fez tão bem essa cena como meu pai!

"Sing!! Never mind the words."

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Louis de Funés





Louis de Funés (31 de julho de 191427 de janeiro de 1983), ator francês.

Biografia

Filho de espanhóis e com apenas 1,64 m de altura, careca e de olhos extremamente azuis, ele se transformou no mal-humorado mais engraçado do cinema francês. Começou a carreira em 1945 mas se tornou mundialmente conhecido em 1964 ao interpretar pela primeira vez o seu personagem mais famoso, um mal-humorado gendarme.
Seu maior sucesso no cinema fora da França foi o filme As Loucas Aventuras do Rabi Jacob, um campeão de bilheteria inclusive nos cinemas brasileiros na década de 1970.







segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Jango Edwards

Jango Edwards dedicou sua vida ao estudo da comédia e à arte do palhaço, não só como trabalho, mas como um estilo de vida.

Site com todas as informações:
http://jangoedwards.net/workshops/clown-front/


Momentos preciosos desse palhaço Rock'n Roll

Entrevista:





O Pianista Virtuoso




O Bêbado






Mergulho no copo

Tortell Poltrona




Jaume Mateu Bullich, catalão, criador do famoso circo espanhol Circ-Crac e dos Palhaços sem Fronteiras. Fundada em 1998, a ONG tinha como objetivo inicial divertir refugiados de guerra. Atualmente, os grupos de Palhaços sem Fronteiras se espalham por vários países e Bullich corre o mundo interpretando o palhaço Tortell Poltrona.

O Palhaços sem Fronteiras se apresenta em hospitais, em escolas, em lugares em guerra. Como é esse trabalho?
Há quatro anos, fui convidado por crianças de uma escola a apresentar o meu circo para  refugiados de guerra. Os organizadores pagaram tudo, me acompanharam, me levaram até o local em segurança. Aí, pensei que, se eu fui convencido a fazer isso, também poderia convencer meus amigos palhaços a fazer o mesmo trabalho. O palhaço é um provocador e um revolucionário. Então, resolvi agir, me aproximar da realidade e levar a alegria dos palhaços para quem precisa. Foi como surgiu a idéia de criar o grupo. Hoje são várias unidades do Palhaços sem Fronteiras em todo o mundo.

Site:
http://www.tortellpoltrona.com/


“Digo isso com a autoridade de um outro palhaço, quer dizer, eu enquanto palhaço estou dizendo que Tortell é fonte de muito prazer estético, humano e do riso. Quem quiser pode procurar qualquer setor do riso do planeta e pedir para indicar os dez maiores palhaços do mundo, que Tortell Poltrona faz parte dessa relação. Só indo para ver como ele conduz a relação com o público, que energia linda tem o Tortell e como bons risos vão ser brotados da platéia”, reforçou Luiz Carlos Vasconcelos, o palhaço XUXÚ








sexta-feira, 29 de julho de 2011

XUXU

Nem preciso falar que Luiz Carlos Vasconcelos, o palhaço Xuxu é um dos meus favoritos, porque o leitor já o viu sempre bonitão lá em cima na foto principal do Blog olhando aqui pra baixo, espiando o que apronto e quem trago pra esse espaço. Então falar o que? Dalhe Xuxu!

O ator Luiz Carlos Vasconcelos nasceu em Umbuzeiro, Paraíba, em 25 de junho de 1954.

O teatro e principalmente o circo sempre foram as grandes paixões de Vasoncelos, que, apesar de ser formado em Letras, estudou artes cênicas na Dinamarca para depois incorporar-se ao grupo teatral Intrépida Trupe.

Em 1978, está em João Pessoa, e cria o pesonagem que iria acompanhá-lo pela vida afora, o palhaço Xuxu, um palhaço cidadão, nas palavras de seu criador, por ser uma presença constante nas comunidades carentes. Mesmo quando está trabalhando em outros projetos, como filmes e séries de televisão, Vasoncelos sempre arruma hora e lugar para se apresentar vestido e maquiado como Xuxu.

Antes de chegar à caracterização ideal de Xuxu, Vasoncelos interpretou vários palhaços e pegou o melhor de cada um deles para compor o personagem atual.

Ainda em 1978, junto com outros artistas, fundou em João Pessoa a Escola Piolim, nome dado em homenagem a um velho palhaço paraibano. O complexo, além de ser sede de seu grupo teatral, desenvolve um trabalho de educação popular.

Em 1984, Vasconcelos passou a morar no Rio de Janeiro onde fez a Escola Nacional de Circo. Viveu vinte anos na capital fluminense, sustentado por Xuxu, muito requisitado para apresentações em eventos e aniversários de criança, um grande laboratório, conforme afirma o ator.

Dos anos 80 em diante alterna residências entre o Rio e João Pessoa. Em 1992, na Paraíba, Vasconcelos realiza um sonho alimentado desde seus tempos de universitário: o de adaptar para o teatro o conto Vau da Sarapalha, de Guimarães Rosa. A peça produzida pelo Grupo Piolim, sob sua direção, foi um sucesso: excursionou pelo Brasil e pelo exterior até 2006.

Estréia no cinema no papel do cangaceiro Lampião, em O Baile Perfumado, filme pernambucano de 1996. A produção, de baixo orçamento mesmo para os padrões brasileiros, fez sucesso em festivais e os cineastas dos grandes centros tiveram sua atenção atraída para Vasconcelos. Na seqüência, fez filmes para Walter Salles e Andrucha Waddington.

Na televisão, teve uma curta participação na novela Senhora do Destino e em séries.

No cinema, participou de Romance do Vaqueiro Voador (2006) ; Árido Movie (2004); Carandiru (2003); Abril Despedaçado (2001); Eu Tu Eles (2000); O Primeiro Dia (1998); Baile Perfumado (1997).

Na TV, participou da novela Senhora do Destino e de episódios de Carga Pesada; Carandiru, Outras Histórias - série (2005); Pastores da Noite - minissérie (2002) e Você Decide - episódio A Bola da Vez (2000).

Em 2007, Luiz Carlos esteve no elenco da microssérie da Rede Globo "A Pedra do Reino", adaptação do romance de Ariano Suassuna, com direção de Luiz Fernando Carvalho.

No ano seguinte, participou do elenco da minissérie "Queridos Amigos", da Rede Globo, além de participar do especial "O Natal do Menino Imperador" e dos seriados "Faça sua História" e "Dicas de Um Sedutor".

Em 2010, Luiz Carlos Vasconcelos está nas telas dos cinemas no longa metragem "O Sol do Meio Dia" filmado quatro anos antes.

No Festival de Cinema do Rio, em 2009, os atores Chico Diaz e Luiz Carlos Vasconcelos receberam o Troféu Redentor de Melhor Ator, por suas atuações no filme “O Sol do Meio-dia”, de Eliane Caffé. “

 Televisão

 Cinema





quarta-feira, 27 de julho de 2011

Paul Hunt

Paul Hunt fazia suas "bobagens" nos intervalos das provas olímpicas de ginástica.
Ele chegou a ser campeão em 1971 e 1973 na Ginástica Solo e, desde 1980, faz performances comicas nas rotinas de ginástica femininas com o nome de Paulette Huntinova.
O cara é muito bom.
(Mais uma dica de Marcelo Lujan) http://www.youtube.com/user/warcelocirco






terça-feira, 26 de julho de 2011

Mina de ouro!


Gente, com autorização divulgo aqui o Canal de Marcelo Lujan no You Tube. Esse querido palhaço do Circo Zanni e do Circo Amarillo foi louco o suficiente de pesquisar e selecionar mais de 550 vídeos de palhaços, esquetes cômicas e circenses. É uma ultra seleção de coisa boa. Deliciem-se.   

http://www.youtube.com/user/warcelocirco


Links extras: Circo Zanni:   http://www.circozanni.com/
                    Circo Amarillo:  http://circoamarillo.wordpress.com/

Benditos sejam os Malditos

Da ironia que deu origem ao título do Blog teço mais umas linhas.

"A contestação não é o esforço do pensamento para negar existências ou valores, é o gesto que reconduz cada um deles aos seus limites, e por aí ao Limite no qual se cumpre a decisão ontológica: contestar é ir até o núcleo vazio no qual o ser atinge seu limite e no qual o limite define o ser." (FOUCAULT, 2001. p. 34)

Nessa terra onde o termo popular está sendo tão vergonhosamente empregado na cultura, benditos sejam os malditos, lindos sejam os que incomodam, queridos daqueles que causam turbulência, maravilhosos desses ousados e diferentes que nadam contra a corrente. Os mais sinceros não estão no TOP 10, mas estão no mundo de verdade! Eu me apaixono por esses questionadores e amo loucamente quando eles nem sabem que o são.



Gene Sheldon






terça-feira, 12 de julho de 2011

Que tontos! rs

Mikhail Usov






Goth Comedian







Roy Gartner & James


segunda-feira, 4 de julho de 2011

Umas bobagens maravilhosas

Maioria das vezes, quanto mais "simples" e bobagem mais me divirto.





George Carl













Jerry Lewis


Você é Palhaço? Divulgue seu trabalho.

O Blog Maldito Transgressor está recebendo material - vídeos, fotos, textos, cursos, entrevistas - de palhaços anônimos, famosos, iniciantes, veteranos. Mandem um comentário com links e contatos que postaremos. Vamos mostrar nossos trabalhos!

Mandem também sugestões, críticas, correções e materiais sobre palhaços que não encontraram aqui no Blog. Beijos

Trovadores amados

Ah, se eu pudesse guardar o tamanho dos encontros...

Como palhaço sou ensinado a respira'-los e encher o peito com todas as perfeitas imperfeiçoes dos detalhes que os fazem reais. Dos instantes plenos, de delicadezas e esbarroes porque sao humanos. E o quanto melhores eles sao por serem divinamente humanos. Porque me interessam as assimetrias, as imprecisoes. Tudo que parte de um pulso vivo. Que me faz acreditar que esta' realmente aqui na vida.

Ainda assim nao estou livre de querer subir ate' o topo dos encontros e abraça-los na ilusao de te-los pra mim.

E ai me lembro quanto melhor e' nao poder guardar o tamanho dos encontros. Isso nos faz ter que viver esse tamanho sempre. Porque o que se guarda pode envelhecer. E vive-lo e' estar a passea-lo sempre por todos os seus espaços, e amplia-los, e reconhece-los, e respeita-los, e cuida-los, e as vezes simplesmente estender a rede e contempla-los.

A isso sim se vale o encantamento por algo que nao se possa guardar. Como uma montanha, um mar, como uma estrela...

Palhaços Trovadores foi o primeiro grupo a trabalhar e pesquisar a linguagem do clown em Belém do Pará, fazendo um trabalho voltado essencialmente para a valorização da cultura popular – palhaços, trovas e folguedos (pastorinha, boi-bumbá, quadrilha, além de outros elementos da nossa cultura, como mitos, lendas, canções, trovas).
Além disso, promove o encontro do povo com sua cultura, de modo lírico e engraçada, em apresentações que ocupam logradouros públicos, como ruas, praças, centros comunitários, escolas, visitando bairros, distritos e pequenas cidades do interior. O trabalho dos trovadores divulga a cultura e populariza o teatro, atingindo um grande número de pessoas.
EspetáculosSem Peconha eu não trepo nesse AçaizeirO Singelo Auto do Jesus Cristinho / Clown sois o lírio mimoso /O Boi do Romeu no Curral da Julieta A Morte do Patarrão /A Quadrilha dos Trovadores no Caminho da Rocinha /Aniversário do Auto do Círio Amor Palhaço.
Elenco Atual: Adriano Furtado - Geninho / Alessandra Nogueira - Neguinha / Antônio Marcos - Black / Cleice MacielPipita / Isaac Oliveira - Xuxo / Landa de Mendonça - Lulu /Marcelo David - Feijão Marcelo Villela - Bumbo Tchelo /Marcos Vinícius - Presuntinho / Marton Maués - Tilinho /Patrícia Pinheiro - Tininha Romana Melo - Estrelita /Rosana Darwich - Bromélia / Sonia Alão - Pirulita / Suane Correa - Aurora / Thales Branchea - Taleco.

Números de Avner















Bill Irwin


William Mills "Bill" Irwin (nascido em 11 de abril, 1950) é um americano ator e palhaço conhecido por sua contribuição para o renascimento do circo americano durante a década de 1970.






Laurens (Larry) V. Griswold

Laurens (Larry) V. Griswold (1905 - 1996), conhecido como "O Louco do

mergulho", foi um ginasta americano e artista que esteve envolvido no

desenvolvimento inicial do trampolim .

Griswold desenvolveu um número de acrobacias e palhaçadas, atuando

profissionalmente durante anos.



Fingia ser um homem bêbado e descoordenado que tentava pular de um

trampolim para efetuar um grande mergulho. Um ato hilário e, ao mesmo

tempo, arrepiante.



Aqui, uma de suas apresentações no "Frank Sinatra Show" datada de

Novembro de 1951.





Leia mais em: Laurens (Larry) V. Griswold malabarismo e saltos! - Amigos do MDig http://www.mdig.com.br/index.php?itemid=19538#ixzz1RA2iN2Q0



Educação e Arte



domingo, 12 de junho de 2011

Insistir!

Quero aqui compartilhar uma coisa bem pessoal porque acho que tem total relação com o palhaço.
Vivo um momento de grandes questionamentos artísticos e decidi investir. Não investir em algo que me foi dito por algum grande mestre, porque mestre é o cachorro do bêbado, a flor do sertão, a criança do metrô, investir no que sei com a respiração da parte de trás da cabeça. Tem alguma coisa de força nisso, nessa teimosia de insistir em ser o que se é. Então eu finco estaca nessa terra dos artístas que me criaram. Valores de grandes poetas que me embalaram assim porque foram também embalados por outros grandes poetas. E é isso que eu sou. E a maneira que encontrei pra demarcar esse território foi reafirmar sete momentos referênciais artísticos que resumem minha alma* e, ancorado neles, retomo essa escalada. Quanto mais alto, mais leve e maior é a paz de espírito pelo próprio rastro, aquele que se sabe. Subamos!


*









Depoimento de Eduardo Galeano na praça Catalunya









Das Vantagens de ser Bobo - Clarice Lispector


"O bobo, por não se ocupar com ambições, tem tempo para ver, ouvir, tocar no mundo.


O bobo é capaz de ficar sentado quase sem se mexer por duas horas. Se perguntado

por que não faz alguma coisa, responde: "Estou fazendo, estou pensando”.

Ser bobo às vezes oferece um mundo de saída porque os espertos só se lembram de

sair por meio da esperteza, e o bobo tem originalidade, espontaneamente lhe vem a idéia.

O bobo tem oportunidade de ver coisas que os espertos não vêem. Os espertos estão sempre tão atentos às espertezas alheias que se descontraem diante dos bobos, e estes os vêem como simples pessoas humanas.

O bobo ganha utilidade e sabedoria para viver.

O bobo parece nunca ter tido vez. No entanto, muitas vezes, o bobo é um Dostoievski.

Há desvantagem, obviamente. Uma boba, por exemplo, confiou na palavra de um desconhecido para a compra de um ar refrigerado de segunda mão: ele disse que o aparelho era novo, praticamente sem uso porque se mudara para a Gávea onde é fresco. Vai a boba e compra o aparelho sem vê-lo sequer.

Resultado: não funciona.

Chamado um técnico, a opinião deste era que o aparelho estava tão estragado que o concerto seria caríssimo: mais vale comprar outro.

Mas, em contrapartida, a vantagem de ser bobo é ter boa-fé, não desconfiar, e, portanto estar tranqüilo.

Enquanto o esperto não dorme à noite com medo de ser ludibriado. O esperto vence com úlcera no estômago. O bobo não percebe que venceu.

Aviso: não confundir bobos com burros.

Desvantagem: pode receber uma punhalada de quem menos espera. É uma das tristezas que o bobo não prevê. César terminou dizendo a célebre frase: "Até tu, Brutus?"

Bobo não reclama. Em compensação, como exclama!

Os bobos, com todas as suas palhaçadas, devem estar todos no céu.

Se Cristo tivesse sido esperto não teria morrido na cruz.

O bobo é sempre tão simpático que há espertos que se fazem passar por bobos.

Os espertos ganham dos outros. Em compensação, os bobos ganham a vida.

Bem-aventurados os bobos porque sabem sem que ninguém desconfie. Aliás,

não se importam que saibam que eles sabem.

Há lugares que facilitam mais as pessoas serem bobas (não confundir bobo com burro,

com tolo, com fútil). Minas Gerais, por exemplo, facilita ser bobo. Ah, quantos perdem

por não nascer em Minas!

Bobo é Chagall, que põe vaca no espaço, voando por cima das casas.

É quase impossível evitar excesso de amor que o bobo provoca.

É que só o bobo é capaz de excesso de amor.

E só o amor faz o bobo."
 
 
 
 
O Guardador de Rebanhos - VIII - Num Meio-Dia de Fim de Primavera - Alberto Caeiro - Fernando Pessoa



Num meio-dia de fim de primavera

Tive um sonho como uma fotografia.

Vi Jesus Cristo descer à terra.

Veio pela encosta de um monte

Tornado outra vez menino,

A correr e a rolar-se pela erva

E a arrancar flores para as deitar fora

E a rir de modo a ouvir-se de longe.

Tinha fugido do céu.

Era nosso demais para fingir

De segunda pessoa da Trindade.

No céu era tudo falso, tudo em desacordo

Com flores e árvores e pedras.

No céu tinha que estar sempre sério

E de vez em quando de se tornar outra vez homem

E subir para a cruz, e estar sempre a morrer

Com uma coroa toda à roda de espinhos

E os pés espetados por um prego com cabeça,

E até com um trapo à roda da cintura

Como os pretos nas ilustrações.

Nem sequer o deixavam ter pai e mãe

Como as outras crianças.

O seu pai era duas pessoas

Um velho chamado José, que era carpinteiro,

E que não era pai dele;

E o outro pai era uma pomba estúpida,

A única pomba feia do mundo

Porque não era do mundo nem era pomba.

E a sua mãe não tinha amado antes de o ter.



Não era mulher: era uma mala

Em que ele tinha vindo do céu.

E queriam que ele, que só nascera da mãe,

E nunca tivera pai para amar com respeito,

Pregasse a bondade e a justiça!



Um dia que Deus estava a dormir

E o Espírito Santo andava a voar,

Ele foi à caixa dos milagres e roubou três.

Com o primeiro fez que ninguém soubesse que ele tinha fugido.

Com o segundo criou-se eternamente humano e menino.

Com o terceiro criou um Cristo eternamente na cruz

E deixou-o pregado na cruz que há no céu

E serve de modelo às outras.

Depois fugiu para o sol

E desceu pelo primeiro raio que apanhou.



Hoje vive na minha aldeia comigo.

É uma criança bonita de riso e natural.

Limpa o nariz ao braço direito,

Chapinha nas poças de água,

Colhe as flores e gosta delas e esquece-as.

Atira pedras aos burros,

Rouba a fruta dos pomares

E foge a chorar e a gritar dos cães.

E, porque sabe que elas não gostam

E que toda a gente acha graça,

Corre atrás das raparigas pelas estradas

Que vão em ranchos pela estradas

com as bilhas às cabeças

E levanta-lhes as saias.



A mim ensinou-me tudo.

Ensinou-me a olhar para as cousas.

Aponta-me todas as cousas que há nas flores.

Mostra-me como as pedras são engraçadas

Quando a gente as tem na mão

E olha devagar para elas.



Diz-me muito mal de Deus.

Diz que ele é um velho estúpido e doente,

Sempre a escarrar no chão

E a dizer indecências.

A Virgem Maria leva as tardes da eternidade a fazer meia.

E o Espírito Santo coça-se com o bico

E empoleira-se nas cadeiras e suja-as.

Tudo no céu é estúpido como a Igreja Católica.

Diz-me que Deus não percebe nada

Das coisas que criou —

"Se é que ele as criou, do que duvido" —

"Ele diz, por exemplo, que os seres cantam a sua glória,

Mas os seres não cantam nada.

Se cantassem seriam cantores.

Os seres existem e mais nada,

E por isso se chamam seres."

E depois, cansados de dizer mal de Deus,

O Menino Jesus adormece nos meus braços

e eu levo-o ao colo para casa.

.............................................................................

Ele mora comigo na minha casa a meio do outeiro.

Ele é a Eterna Criança, o deus que faltava.

Ele é o humano que é natural,

Ele é o divino que sorri e que brinca.

E por isso é que eu sei com toda a certeza

Que ele é o Menino Jesus verdadeiro.



E a criança tão humana que é divina

É esta minha quotidiana vida de poeta,

E é porque ele anda sempre comigo que eu sou poeta sempre,

E que o meu mínimo olhar

Me enche de sensação,

E o mais pequeno som, seja do que for,

Parece falar comigo.



A Criança Nova que habita onde vivo

Dá-me uma mão a mim

E a outra a tudo que existe

E assim vamos os três pelo caminho que houver,

Saltando e cantando e rindo

E gozando o nosso segredo comum

Que é o de saber por toda a parte

Que não há mistério no mundo

E que tudo vale a pena.



A Criança Eterna acompanha-me sempre.

A direção do meu olhar é o seu dedo apontando.

O meu ouvido atento alegremente a todos os sons

São as cócegas que ele me faz, brincando, nas orelhas.



Damo-nos tão bem um com o outro

Na companhia de tudo

Que nunca pensamos um no outro,

Mas vivemos juntos e dois

Com um acordo íntimo

Como a mão direita e a esquerda.



Ao anoitecer brincamos as cinco pedrinhas

No degrau da porta de casa,

Graves como convém a um deus e a um poeta,

E como se cada pedra

Fosse todo um universo

E fosse por isso um grande perigo para ela

Deixá-la cair no chão.



Depois eu conto-lhe histórias das cousas só dos homens

E ele sorri, porque tudo é incrível.

Ri dos reis e dos que não são reis,

E tem pena de ouvir falar das guerras,

E dos comércios, e dos navios

Que ficam fumo no ar dos altos-mares.

Porque ele sabe que tudo isso falta àquela verdade

Que uma flor tem ao florescer

E que anda com a luz do sol

A variar os montes e os vales,

E a fazer doer nos olhos os muros caiados.



Depois ele adormece e eu deito-o.

Levo-o ao colo para dentro de casa

E deito-o, despindo-o lentamente

E como seguindo um ritual muito limpo

E todo materno até ele estar nu.



Ele dorme dentro da minha alma

E às vezes acorda de noite

E brinca com os meus sonhos.

Vira uns de pernas para o ar,

Põe uns em cima dos outros

E bate as palmas sozinho

Sorrindo para o meu sono.

......................................................................

Quando eu morrer, filhinho,

Seja eu a criança, o mais pequeno.

Pega-me tu ao colo

E leva-me para dentro da tua casa.

Despe o meu ser cansado e humano

E deita-me na tua cama.

E conta-me histórias, caso eu acorde,

Para eu tornar a adormecer.

E dá-me sonhos teus para eu brincar

Até que nasça qualquer dia

Que tu sabes qual é.

.....................................................................

Esta é a história do meu Menino Jesus.

Por que razão que se perceba

Não há de ser ela mais verdadeira

Que tudo quanto os filósofos pensam

E tudo quanto as religiões ensinam?






Uma Didática da Invençãodo "O Livro das Ignorãnças" ed. Civilização Brasileira. - Manuel de Barros




Para apalpar as intimidades do mundo é preciso saber:



a) Que o esplendor da manhã não se abre com faca

b) 0 modo como as violetas preparam o dia para morrer

c) Por que é que as borboletas de tarjas vermelhas têm devoção por túmulos

d) Se o homem que toca de tarde sua existêncianum fagote, tem salvação

e) Que um rio que flui entre 2 jacintos carrega mais ternura que um rio que flui entre 2 lagartos

f) Como pegar na voz de um peixe

g) Qual o lado da noite que umedece primeiro.Etc.etc.etc.



Desaprender 8 horas por dia ensina os princípios.






Poema do poeta Inglês William Ernest Henley (1849-1903).  Comentário do Mandela


De dentro da noite que me cobre,


Negra como a cova, de ponta a ponta,

Eu agradeço a quaisquer deuses que sejam,

Pela minha alma inconquistável.



Na cruel garra da situação,

Não estremeci, nem gritei em voz alta.

Sob a pancada do acaso,

Minha cabeça está ensanguentada, mas não curvada.



Além deste lugar de ira e lágrimas

Avulta-se apenas o Horror das sombras.

E apesar da ameaça dos anos,

Encontra-me, e me encontrará destemido.



Não importa quão estreito o portal,

Quão carregada de punições a lista,

Sou o mestre do meu destino:

Sou o capitão da minha alma.




“Nosso medo mais profundo

não é o de sermos inadequados.

Nosso medo mais profundo

é que somos poderosos além de qualquer medida.

É a nossa luz, não as nossas trevas,

o que mais nos apavora.

Nós nos perguntamos:
Quem sou eu para ser Brilhante,

Maravilhoso, Talentoso e Fabuloso?

Na realidade, quem é você para não ser?
Você é filho do Universo.

Se fazer pequeno não ajuda o mundo.

Não há iluminação em se encolher,

para que os outros não se sintam inseguros

quando estão perto de você.

Nascemos para manifestar

a glória do Universo que está dentro de nós.

Não está apenas em um de nós: está em todos nós.

E conforme deixamos nossa própria luz brilhar,

inconscientemente damos às outras pessoas

permissão para fazer o mesmo.

E conforme nos libertamos do nosso medo,

nossa presença, automaticamente, libera os outros.”

Mandela.









A Alvorada Do Amor (Olavo Bilac) - 1965



Um horror, grande e mudo, um silêncio profundo


No dia do Pecado amortalhava o mundo.

E Adão, vendo fechar-se a porta do Éden, vendo

Que Eva olhava o deserto e hesitava tremendo,

Disse:

***************************

Chega-te a mim! entra no meu amor,

E e à minha carne entrega a tua carne em flor!

Preme contra o meu peito o teu seio agitado,

E aprende a amar o Amor, renovando o pecado!

Abençôo o teu crime, acolho o teu desgôsto,

Bebo-te, de uma em uma, as lágrimas do rosto!

***********************

Vê tudo nos repele! a tôda a criação

Sacode o mesmo horror e a mesma indignação...

A cólera de Deus torce as árvores, cresta

Como um tufão de fogo o seio da floresta,

Abre a terra em vulcões, encrespa a água dos rios;

As estrêlas estão cheias de calefrios;

Ruge soturno o mar; turva-se hediondo o céu...

**********************

Vamos! que importa Deus? Desata, como um véu,

Sôbre a tua nudez a cabeleira! Vamos!

Arda em chamas o chão; rasguem-te a pele os ramos;

Morda-te o corpo o sol; injuriem-te os ninhos;

Surjam feras a uivar de todos os caminhos;

E, vendo-te a sangrar das urzes através,

Se amaranhem no chão as serpes aos teus pés...

Que importa? o Amor, botão apenas entreaberto,

Ilumina o degrêdo e perfuma o deserto!

Amo-te! sou feliz! porque, do Éden perdido,

Levo tudo, levando o teu corpo querido!

*****************************

Pode, em redor de ti, tudo se aniquilar:

Tudo renascerá cantando ao teu olhar,

Tudo, mares e céus, árvores e montanhas,

Porque a Vida perpétua arde em tuas entranhas!

Rosas te brotarão da bôca, se cantares!

Rios te correrão dos olhos, se chorares!

E se, em tôrno ao teu corpo encantador e nú,

Tudo morrer, que importa? A natureza és tu,

Agora que és mulher, agora que pecaste!

Ah! bendito o momento em que me revelaste

O amor com teu pecado, e a vida com o teu crime!

Porque, livre de Deus, redimido e sublime,

Homem fico na terra, luz dos olhos teus,

Terra, melhor que o Céu! homem maior que Deus!

segunda-feira, 6 de junho de 2011

A Última Fala do Palhaço

- Deixem-me ser eu

um instante, ao menos...!

Ainda vale a pena!

Deixem-me vir à cena

em primeiro lugar,

a rir ou a chorar

(a mesma coisa afinal...)!



Deixem-me, antes que morra,

demolir a masmorra

que eu mesmo construí

com lágrimas e sangue

e, embora exangue,

ser só eu, tal e qual!





Saul Dias

domingo, 24 de abril de 2011

Família Durov




(O texto vai soar um pouco estranho algumas vezes pois eu estou tentando traduzir do original em inglês - hahahahaha)
Na era soviética, Vladimir Durov foi uma figura emblemática do circo russo.  Ele revolucionou o treinamento de animais, e foi descrito como um palhaço satírico anarquista, cuja posição contra um "Tsar" autocrático e seu governo ajudou a provocar a revolução soviética.
Hoje, o Durovs estão entre os mais prestigiados do circo dinastias Rússia. 

A Família Durov

Vladimir Leonidevich Durov nasceu em 25 de junho de 1863 em uma família rica aristocracia, em Moscou. Ele era o filho de Leonid Dmitrievich Durov (1832-1867), um senhor hereditário da província de Moscou, oficial da polícia de Moscou. um trabalho que ele fez mais porque queria do que porque  tinha que . irmão de Vladimir, Anatoly Leonidevich (1864-1916), nasceu 17 meses depois.
O nome Durov era bem conhecido na Rússia, a família já havia produzido uma celebridade. Nadezhda Durova, lembrada na história russa como a menina de Cavalaria,foi  tia-avó de Vladimir. Vestida como um homem, ela tinha se matriculado em um regimento de cavalaria para combater o avanço de Napoleão em 1812. Ela disse ter recebido uma medalha das mãos de Marshall Field-Kutuzov, o homem que derrotou Napoleão. Celebrada por Pushkin, Nadezhda se tornou uma escritora de sucesso.
Vladimir Durov tinha três irmãs mais velhas. Entre os seus descendentes Lev Durov, o famoso ator russo;  e uma irmã mais nova, Valentina (1866-1940 (1854?) (1862?) ). A mãe de Vladimir , Maria Dmitrievna Durova (1833-1866), provavelmente sofreu de complicações causadas pelo nascimento de Valentina: ela morreu pouco depois, em 1866. Vladimir tinha apenas três anos de idade na época. Arrasado, o pai de Vladimir começou a beber até morrer. Ele sofria de alucinações e morreu um ano depois, em 1867.
Vladimir e Anatoly foram colocados sob os cuidados de seu padrinho, Nikolai Zakharovich Zakharov, um advogado rico e brilhante dramaturgo ocasionalmente, cujos trabalhos foram produzidos com sucesso no Teatro Maly, em Moscou. (Ele também era um jogador inveterado. Ele viria a suicidar-se devido a uma dívida de jogo). Zakharov enviara Vladimir e Anatoly a uma academia militar. Provavelmente foi na academia que Anatoly desenvolveu sua aversão, ao longo da vida, para todas as formas de autoridade.

Iniciação no Circo

Os irmãos preferiam muito mais acrobacias circenses do que os estudos acadêmicos e exercícios militares. Esta paixão os levou à expulsão da Academia. Entregues a si próprios, Vladimir e Anatoly usaram o dinheiro que o padrinho tinha-lhes dado para contratar como seu professor Angelo Briatore, um acrobata italianos da trupe de Carl Magnus Hinné . Briatore ensinou-lhes as noções básicas de acrobacia à maneira antiga: com muito chicotadas. Quando Zakharov descobriu o abuso físico, ele se livrou de Briatore.
Cerca de 1878, Otto Kleist, um acrobata balagan, ensinou aos irmãos Vladimir e Anatoly a arte do trapézio. No ano seguinte, os irmãos fizeram a sua estreia na realização de balagan Weinstok VA em Tver, uma cidade ao norte de Moscou. Eles também trabalharam na balagan de Rinaldo, um mágico, antes de finalmente se juntar à trupe Robinson-Nicolet significativo avanço, uma vez que o grupo trabalhou em circos. Eles deixaram Robinson-Nicolet, em 1881, depois que Anatoly teve uma discussão com seus empregadores, o primeiro de muitos desentendimentos que abalariam a carreira de Anatoly. Foi provavelmente por causa do temperamento Anatoly que os irmãos se separaram.
Depois de deixar Robinson-Nicolet, Vladimir encontrou trabalho como assistente de treinador de animais  com Winkler menagerie Hugo, que tinha se estabelecido em Tsvetnoi Boulevard, em Moscou. Foi lá que ele aprendeu a trabalhar com animais, tornando-se um treinador de pequenos animais. Em 1884, seguindo os passos de seu irmão, que havia desenvolvido um programa de sucesso combinando palhaçadas com animais de fazenda, um lugar comum no século XIX, Vladimir começou a atuar como um palhaço, utilizando, como seu irmão, animais como parceiros.
Vladimir apresentou o seu novo ato de palhaço em Petrovski Parque e no Jardim Zoológico de Moscou. Estando em concorrência directa com o seu irmão Anatoly. Desde o início, Anatoly tinha usado um porco e outros animais como parceiros, os animais se tornariam uma marca Durov. Ainda assim, para o resto de sua vida, Anatoly consideraria seu irmão um ladrão e um concorrente, o relacionamento entre eles se deteriorou rapidamente.

Anatoly vs Vladimir

O sucesso de Vladimir e de Anatoly como os satíricos-palhaços veio do fato de que, ao contrário de outros palhaços na Rússia, que eram em sua maioria italianos ou franceses, ou vieram do balagans bruto, eles podiam articular bem o russo . Eles também tinha um russo sentido de humor intensamente, e podiam facilmente transmitir a sua sagacidade de uma maneira que outros palhaços não poderiam se igualar.
Anatoly usou uma sátira mais direta, na cara, às vezes insultando,  marca de seu humor. Vladimir foi o espirituoso dos dois irmãos e seu humor era mais sutil e menos mordaz que Anatoly. Foi Anatoly não, Vladimir, que foi responsável pela Durovs «prestígio, na época soviética, como assassinos do antigo regime.
Ainda assim, Vladimir e Anatoly foram semelhantes em muitos aspectos. Embora, obviamente, Vladimir tenha copiado seu irmão no início, é difícil saber quem copiou quem, posteriormente. Ambos os personagens evoluíram ao longo dos anos, um clássico e um palhaço , não muito diferentes, fisicamente, de outros palhaços do seu tempo. A imagem Durov: um palhaço whiteface traje tradicional, com enfeites de lantejoulas, um collerette branco e uma pequena capa no ombro, e praticamente sem maquiagem.
Cada um dos irmãos entra no picadeiro com uma grande cerimônia, andando e reconhecendo a platéia. Eles, então, lançam-se num monólogo, após o que jogariam com as atitudes de seus animais. 
Quando, por volta de 1884, seu padrinho sugeriu que continuassem a sua educação. Anatoly não prestou atenção aos conselhos, mas Vladimir fez: ele voltou para a escola, graduou-se, e auditado as classes de neurofisiologista Sechenov IM, "o pai da fisiologia da Rússia", que, com IP Pavlov, estudou reflexos dos animais. Em 1887, ele voltou ao picadeiro e fez sua estréia como um verdadeiro palhaço satírico e treinador de animais (com um lobo e um cão treinado) no Circo Salamonsky , em Tsvetnoi Boulevard em Moscou, o circo mais prestigiados da Rússia, depois de] São Petersburgo] O Circo de São Petersburgo | Circus Ciniselli.]]
Vladimir, espirituoso e mais criativo do que seu irmão, tornou-se com o tempo o mais bem sucedido dos dois, o seu talento como treinador de animais também foi um fator significativo de seu sucesso. A maior utilização por Anatoly de animais em seu ato foi principalmente uma tentativa de manter o ritmo de seu irmão. Assim como Vladimir, Anatoly palestrava sobre psicologia animal, mas ao contrário de seu irmão, ele não foi levado a sério nos círculos científicos.
Em 1913, Vladimir e Anatoly realizavam ao mesmo tempo em São Petersburgo, Vladimir na A. Marshan 's Cirque Moderne , onde ele tinha encenado a fábulas Pushkin, e Anatoly no Circo Ciniselli . Vladimir recebeu críticas melhor, uma das quais declarou: ". O maior sucesso foi de Vladimir, cujo animal de treinamento foi muito melhor, e piadas eram mais engraçadas" Isso não agradou Anatoly.

Os Anos Soviética

Em 1907, Vladimir Durov estava apresentando uma grande "atração": Uma estrada de ferro em miniatura, repleto de todo tipo de adereços relacionados . Macacos , gansos com bonés vermelhos, um pato como chefe da estação, uma cabra era o condutor do trem e os passageiros foram cobaias. Eles foram levados a seus movimentos por um engenhoso sistema de recompensas escondidas atrás de portas. Vladimir (e Anatoly também) viria a apresentar uma cena semelhante com ratos.
Os soviéticos tomaram o poder em 1917. Até então, o treinamento dos animais já se haviam tornado principal vocação do Vladimir. O novo regime de formação divulgaria suas experiências como Soviética realizações culturais, que cativou a atenção do público. É, sobretudo, no domínio da formação que o animal Durovs "tradição continuaria, mesmo que a roupa de palhaço Durov tradicionais seriam passadas de uma geração para outra e continuaria a fazer parte integrante do Durovs" a imagem para os próximos anos.
Vladimir tinha casado com Aleksandra Ignatevna Karnaukhova, com quem teve uma filha, Zinaida, que se tornou um escritora (Zinaida Richter). Um segundo casamento com a irmã de Aleksandra, Natalia (1870-1924), produziu dois filhos, Vladimir (1888-1912) e Natalia (1889-1918), ambos falecidos nos seus vinte anos. Natalia, no entanto, continuou a dinastia Durov com seu filho, Yury Vladimirovich Orlov, que se tornou Yury Durov quando ele foi adotado por seu avô.
Um terceiro casamento com Anna Ignatevna Karnaukhova (1878-1950), a irmã de suas duas esposas anteriores (obviamente, o que começou na família Karnaukhova ficou na família Karnaukhova) produziu uma outra filha, Anna. Em 1933, um ano antes da morte de seu pai, Anna Durova criou o teatro em Moscou Animal Durov Corner, em que havia se tornado Durov Street.
Vladimir Durov morreu em Moscovo em 08 de agosto de 1934. Na época, ele seria mais lembrado do que seu irmão, Anatoly, em parte porque ele viveu mais tempo e sobreviveu bem até a era soviética, em parte porque ele passara a maior parte de sua carreira, em Moscou, ao contrário de seu irmão, que tinha vivido em Voronezh, mais longe dos olhos do público.
Vladimir Durov foi, como seu irmão, um homem bem-educado. Ele tinha desenvolvido um interesse genuíno em fisiologia e comportamento animal. Entre as muitas coisas estranhas feitas por oficiais soviéticos durante seus sete décadas no poder, os cientistas russos mantiveram o cérebro de Vladimir no Instituto do Cérebro em Moscou, provavelmente por algum futuro estudo sobre o comportamento dos palhaços e treinadores de animais ...

O palhaço russo surgiu no início de 1800 com Vladimir e Anatoly Durov. Das aldeias pobres, lutando contra invernos frios e fomes, os irmãos criaram uma nova palhaçada em forma para a cultura russa. O Durovs usavam cerca de 50 animais e mais de 15 espécies, incluindo ratos e gatos juntos. A sua sátira, por vezes extremamente política, fizeram com que fossem  freqüentemente expulso de um país ou presos. No início de 1900, anterior à revolução russa de 1917, o palhaço-avant garde se tornou importante para o novo movimento e estava destinado a ser altamente influente no desenvolvimento do teatro, devido à sua influência política durante a revolução.
Os soviéticos depois, criariam a "Escola de Palhaços" com atribuição de um diploma universitário. Através da tempestade da revolução e nos anos seguintes, muitos palhaços novos se desenvolveram a partir de Durov 'irmãos tutela o. Como no início os bobos da corte faziam, os seus ataques satíricos sobre o governo afetou a política de seu dia. O seu louvor para com a classe trabalhadora ajudou muito a causa bolchevique, educando as pessoas e expondo a tirania das classes dominantes.
O palhaço russo continuou a desenvolver a ajuda após a Segunda Guerra Mundial quando Karandash surgiu. Suas travessuras são comparados com Chaplin, no entanto, o personagem era mais esperto com os adversários russos, evitando o abuso que Chaplin freqüentemente encontrava. Em meados da década de 1950, Popov se formou na Escola de Circo de Moscou. Teve aula com Karandash e é considerado como o primeiro palhaço da Rússia, aclamado por seus contemporâneos como um palhaço de caráter agradável no comando de muitas habilidades circenses.